Em um ensaio a cientista política Aspásia Camargo escreveu, em um trecho, o seguinte: “Precisamos reduzir as diferenças espaciais e sociais, organizar esta federação tão desigual em sua rede de infra-estrutura e em sua capacidade de produzir renda. Não haverá integração global que beneficie, por si mesma, recém-saída da casca do ovo, eis uma prioridade absoluta. Pode parecer utópico, mas vamos nos agarrar à meta da eqüidade, com investimentos maciços na educação para todos, no conhecimento e na ciência.”
De fato, as sombras da ignorância e a pobreza, em boa parte decorrentes da falta mesmo de instrução, são um desafio que só será vencido mediante corajosas reformas, a tributária, por exemplo, sendo usada como redistribuição de renda e com muita persistência na criação e execução de programas educacionais e de promoção humana, que satisfaçam as prerrogativas da cidadania. Isto implica no atendimento pleno aos direitos da cidadania, como o de aprender e poder ter acesso a todos os níveis de educação.