A crise global, cujo epicentro são os Estados Unidos, está acelerando a volta de brasileiros que foram buscar melhor bem-estar e melhor renda lá. A corrente migratória Brasil-Estados Unidos começou e foi crescendo enquanto no plano interno do País crescia o desemprego e se desvalorizava o trabalho, com perda de poder aquisitivo e, principalmente, de aviltamento da remuneração. A dignidade do trabalho sendo submetida a um processo de deterioração.
Criou-se, assim, a ilusão americana, supondo-se que a dignidade de trabalho perdida poderia ser resgatada, ainda que à custa de suor e lágrimas, com dólares ganhos em ocupações, legais ou ilegais, nos Estados Unidos.
O Brasil tem uma dívida dos que se lançaram nesta aventura americana e dos que gostariam de ter se lançado: proporcionar-lhes o que lhes é de direito, como pressuposto da condição de cidadania, mercado de trabalho digno e a valorização da capacidade de empreender. Com um background educacional sólido, assegurando a todos a oportunidade de aprendizado em todos os níveis, como deve ser em uma democracia.