Pode-se dizer, com tranquilidade, que a saudade não é um ingrediente da política. Mas é exatamente esse sentimento que toma conta de Goiás, quando a população se lembra da adminstração Marconi Perillo. A verdade é que o mínimo que se pode falar de Marconi é que a sua passagem pelo Governo de Goiás deixou muitas saudades...
Diante dos cada vez mais complexos desafios impostos pelo desenvolvimento humano e tecnológico, a administração pública assume contornos técnicos altamente dissociados do caráter meramente político, exigindo que as decisões sejam pautadas mais pela competência e planejamento adequado, e menos pelo efeito midiático que um programa ou obras possam render. São tamanhas as necessidades, que contrasta com o discurso eleitoreiro de se construírem pontes ou se abrirem avenidas em nome do progresso, sem que se inclua a premente necessidade da comunidade.
Virou expressão comum dizer que Goiás mudou nos anos Marconi. Há consenso sobre isso, até porque há percepção de mudança em todos os segmentos da atividade pública e até mesmo dentro do sentimento comum a que se convencionou chamar goianidade. Mas mudança é muito pouco para explicar o que aconteceu em nosso Estado nos anos governados por Marconi Perillo.
O que aconteceu em Goiás nesses anos de Marconi Perillo não foi apenas mudança. Foi transformação. A transformação é a mudança para melhor. Com Marconi, Goiás voltou a cultivar o melhor de suas tradições, mas recuperou, também, o sentido e o caminho do seu futuro. O Choque de Gestão, que virou modelo para o mundo, tirou Goiás de uma situação deficitária para colocá-lo nos trilhos de um Estado que em 7 anos e meio melhorou gigantescamente em Saúde, Educação, Segurança Pública, Infraestrutura, Ciência e Tecnologia, Cultura, Saneamento Básico, Energia etc.
Além de recuperar o Estado, o governo de Marconi criou um ambiente para que a iniciativa privada viesse a ser parceira do seu “Tempo Novo”. O resultado são investimentos bilhões de Reais na construção de um novo perfil para economia do Estado.
Finalmente, além da obra de governo, Marconi criou um outro estado de espírito em Goiás. Com Marconi, Goiás voltou a ter lugar nas decisões nacionais e todos nós voltamos a ter orgulho de ser goianos. A recuperação da autoestima fez e faz Goiás acreditar em si mesmo e compreender a sua responsabilidade perante o Brasil. Quando assumiu o governo, Marconi era, ao mesmo tempo, uma extraordinária promessa e uma grande interrogação. Já tinha se revelado como excelente – magnífico, diga-se de passagem – articulador político e a grande pergunta era: será que ele dará conta de ser, também, um grande gestor? Buscando os melhores quadros para governar, ele revelou-se um competente governante e produziu os resultados que fizeram de Goiás um Estado em permanente transformação.
Na política é fácil constatar a diferença entre um político por vocação e outro por profissão. A vocação política é uma paixão por um jardim, já que "política" vem de polis, que quer dizer cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. Político é aquele que cuida desse espaço. A vocação política, assim, está a serviço da felicidade dos cidadãos, os moradores da cidade.
Dessa forma, um político por vocação , como é o caso de Marconi, é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que poderia plantar para si mesmo. O político é, antes de tudo, um jardineiro. O jardineiro por vocação dá sua vida pelo jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir o jardim privado, ainda que para isso aumentem, ao seu redor, o deserto e o sofrimento.
Com este texto, quero convidar para reflexão cada um dos que pretendem disputar um cargo nas próximas eleições: Será que a sua vocação, antes da política, não é para ser médico, empresário, professor, dona de casa, religioso, etc? Será que, tendo vocação para política, a melhor área de atuação não seria no legislativo, por exemplo? "Consulte-se!"
Mais sobre vocação: Existem médicos por vocação e profissionais da medicina. Os primeiros exercem as atividades com amor e prazer, sem necessidade de juramentos se dedicam a salvar vidas. Outros, mesmo sob juramento, geralmente, só atendem mediante prévio pagamento.O que desejamos ressaltar é a necessidade de se ouvir e respeitar o chamado interior, a tendência íntima, a vocação. Isto não quer dizer que não se deva ter remuneração. O ganho, limpo, deve ser conseqüência natural de uma atividade prazerosa, até na política.
Que nós outros, eleitores, sejamos inspirados e tenhamos sensibilidade na escolha dos nossos representantes. Que os próximos Governadores, Senadores e Deputados, saiam dentre os "vocacionados", "missionários", "jardineiros".
Eduardo Machado é empresário, Presidente do PHS em Goiás e membro do Conselho Curador da Fundação Solidarista/FUNSOL