A maioria dos prefeitos assumiu (ou reassumiu, no caso dos que foram reeleitos) o cargo, anteontem, com discurso semelhante em um ponto: corte de gastos, por causa da crise, alguns com muita ênfase, em tom dramático. Mas, deixar de investir no que é necessário investir não será pior para os municípios? Gastar com prudência, sim, com racionalidade, sim, mas sem interromper as obras que tem de ser realizadas, sem permitir retrocessos e estagnação.
Saber gastar, eis a receita certa em face da própria crise, investindo como forma até de enfrentar os efeitos da perturbação financeira global. O ano político-administrativo de 2009 não pode ser desenhado com as cores do marasmo e, sim, com tons fortes e enérgicos da reação.
Um olhar na história da pior de todas as crises da economia norte-americana e mundial, que foi o da depressão de 1929, mostra, que nos Estados Unidos, a administração Roosevelt reagiu principalmente com obras, cujos canteiros reanimaram o mercado de trabalho.