À aproximação do Dia Internacional da Mulher, refletir sobre a nova relação entre a condição feminina e o poder político certamente leva a uma primeira pergunta, sobre se ela já alcançou a medida de participação que merece. Acho que o espaço político feminino, no Brasil, tem de crescer mais, sim, até para o estabelecimento de uma coerência em relação ao grau da presença da mulher em todos os segmentos e em todas as categorias profissionais.
O mais importante, no momento, é garantir e preservar o espaço já conquistado, com a preocupação de que seja cada vez mais qualificado e digno. Pois não basta à mulher ser a protagonista que não era, anos atrás, e sim ser boa referência e qualificada representante do gênero feminino. Se eventualmente alguma mulher que venha a exercer um mandato político decepcionar, eis que toda uma causa fica prejudicada.
A China não progrediu sob o mando de Ts’Sen-Hi, a Áustria foi belicista sob o reinado de Maria Teresa, mas Isabel da Espanha, a rainha católica, revelou muito mais visão do que todos os pseudo-sábios de seu tempo. Isabel apostou em Colombo – e mudou o destino do mundo.
Voltemos aos nossos tempos: como a mulher deve usar a sua força?
Na medida em que aumenta a sua representatividade política, a sua presença no poder ou a sua influência junto ao poder, mais importante ainda será refletir sobre exemplos de mulheres influentes – os exemplos negativos e também os positivos, a fim de que estes sejam tomados como parâmetros.